segunda-feira, 23 de março de 2009

Vamos fazer um filme

Achei um 3x4 teu e não quis acreditar
Que tinha sido há tanto tempo atrás
Um bom exemplo de bondade e respeito
Do que o verdadeiro amor é capaz
A minha escola não tem personagem
A minha escola tem gente de verdade
Alguém falou do fim-do-mundo,
O fim-do-mundo já passou
Vamos começar de novo:
Um por todos, todos por um

O sistema é maus, mas minha turma é legal
Viver é foda, morrer é difícil
Te ver é uma necessidade
Vamos fazer um filme
E hoje em dia, como é que se diz:
"Eu te amo."?

Sem essa de que: "Estou sozinho."
Somos muito mais que isso
Somos pingüim, somos golfinho
Homem, sereia e beija-flor
Leão, leoa e leão-marinho
Eu preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito
Chega de opressão:
Quero viver a minha vida em paz

Quero um milhão de amigos
Quero irmãos e irmãs
Deve de ser cisma minha
Mas a única maneira ainda
De imaginar a minha vida
É vê-la como um musical dos anos trinta
E no meio de uma depressão
Te ver e ter beleza e fantasia.

E hoje em dia, como é que se diz: "Eu te amo."?
(Renato Russo)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Nada além

Você não quer ver nada além do seu umbigo
E eu quero ver o que há depois do perigo
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Ando pelas ruas cheirando a fumaça dos motores
Enquanto você fantasia suas dores de amores

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Você não quer ver nada além do seu mundinho
E eu prefiro escrever meu próprio caminho
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Você sonha ser princesa em castelos fabulosos
Enquanto eu vago na cidade entre inocentes e criminosos

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Fique com os seus bonsais, seus haicais
Sua paz, suas flores, seu jardim de inverno
Se isso é céu
Eu prefiro meu inferno

(Roberto Frejat/Zeca Baleiro)

A máquina de escrever

Mãe, se eu morrer de um repentino mal, vende os meus bens, a bens dos meus credores...
A fantasia de festivas cores que usei, no derradeiro carnaval...
Vende esse radio que ganhei de prêmio por um concurso num jornal do povo...
E aquele terno novo ou quase novo, com poucas manchas de café boêmio...
Vende também meus óculos antigos que me davam ares inocentes, não precisarei de suas lentes pra enxergar os corações amigos...
Sem ruído é mais próvavel que eu alcance o céu, vou penetrar e então provar seu mel.
No paraíso só preciso de um olhar. Sem teu sorriso, outro sorriso pra me enganar!
Mas poupa minha amiga de horas mortas, com teclas bambas, minha máquina de peças tortas!
Vende todas as grandes pequenezas
Que eram meu intimo tesouro...
Mas não, ainda que ofereçam ouro,
Não venda o meu filtro de tristezas!

(Roberto Frejat)

sábado, 7 de março de 2009

Tunel do tempo

Nosso encontro aconteceu como eu imaginava
Você não me reconheceu, mas fingiu que não era nada
Eu sei que alguma coisa minha, em você ficou guardada
Como num filme mudo antes da invenção das palavras

Afinei os meus ouvidos pra escutar suas chamadas
Sinais do corpo eu sei ler nas nossas conversas demoradas
Mas há dias em que nada faz sentido
E os sinais que me ligam ao mundo se desligam

Eu sei que uma rede invisível irá me salvar
O impossível me espera do lado de lá
Eu salto pro alto eu vou em frente
De volta pro presente

(Roberto Frejat)
Show perfeito no Bourbon Country... inesquecível

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Apenas mais uma de amor

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer

Eu acho tão bonito isso
De ser abstrato baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

(Lulu Santos/Nelson Motta)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Filha

Hoje eu parei pra escrever
Alguma coisa assim sobre você
E simplesmente me deixei levar
Pela emoção de poder lhe falar

No dia em que você nasceu
Vinda do amor de sua mãe e eu
Um lindo presente que o Senhor nos deu
A realidade de um sonho meu

E quando você chorou
Deus me ensinou uma nova canção
Seus olhos de um anjo pequeno
Iam se fazendo minha religião

Coisas que de mim não saem
A primeira vez que me chamou de pai
Vou lhe confessar agora minha filha
Com você eu aprendi que um homem tem que ter família

Filha onde você vai
Pode não sobrar um lugar pro seu pai
Mas tenha certeza que eu vou sempre estar
Perto de você onde quer que vá

Não é que eu vá te vigiar
Não é que eu queira ser seu dono
Isso é só um cuidado de pai
Filha eu te amo.

(Rick)
Saudades da Giovana, que ainda está na praia.

Nada normal

Lareira pra acender
Um céu pra se olhar
E tudo está tranqüilo por aqui
Você vai me ver
Eu vou me apaixonar
Não há mais o que decidir

Dos nossos lábios todas as palavras nada dizem
Aos nossos olhos tudo o que já vimos foi vertigem
E é tudo tão real
Mas nada normal

Te lembro e já me sinto ao seu lado, no seu mundo
Me identifico com você de um jeito tão profundo
E é tudo tão real
Mas nada normal

(Victor Chaves)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Chuva de bruxaria

Azuis, vermelhas, brancas flores
Pintando o cerro dos meus olhares
Fossem linda garoa em cores
Molhando a tarde de ares solares
Chamam você, bem
Não fique aí
Vem molhar meu beijo, te beijo também

Maga magia de lua luzia a noite virando dia
Água na boca secando na louca chuva de bruxaria
Hoje você vem, dizia
Hoje você vem, dizia

De cada ponta de folhagem
Cai uma gota dos nossos banhos
Fada, samambaia, miragem
Doces varandas, sonhos estranhos
O que a beleza puser na mesa
Beba sem medo, vem da natureza

(Victor Chaves)

domingo, 11 de janeiro de 2009

Amor pra recomeçar

Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos
pra você não deixar de duvidar...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar

Eu desejo que você ganhe dinheiro
Pois é preciso viver também
E que você diga a ele pelo menos uma vez
Quem é mesmo o dono de quem...

(Frejat/Maurício Barros/Mauro Santa Cecília)

A gente

Agora, como sempre, é cedo
Me sinto tão bem
Não peço licença
Pra ser feliz sem motivo
Sou feliz porque sim
E porque você respira
Não sei porque mas às vezes me sinto tão bem
Mas desta vez com certeza
Vou usar meus minutos guardados
Eu tenho a paz de um riso livre
A gente, se entende, se sente, tão bem

(Jota Quest/Fernanda Mello)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Além da máscara

Num piscar de olhos tudo se transforma
Tá vendo?
Já passou!
Mas ao mesmo tempo
Fica o sentimento de um mundo sempre igual
Igual ao que já era
De onde menos se espera dali mesmo é que não vem

Agora que tudo está exposto
A máscara e o rosto trocam de lugar
Tô fora se esse é o caminho
se a vida é um filme, eu não conheço diretor
Tô fora, sigo o meu caminho
Às vezes tô sozinho, quase sempre tô em paz

Num piscar de olhos tudo se transforma
Tá vendo?
Já passou!
Mas ao mesmo tempo esse mundo em movimento
Parece não mudar
É igual ao que já era de onde menos se espera
Dali mesmo é que não vem

(Gessinger)

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

No woman, no cry

I remember when we used to sit
In a government yard in Trenchtown
Observing the hypocrites
As they would mingle with the good people we meet
Good friends we have
Oh, good friends we lost
Along the way
In this great future,
You can't forget your past
So dry your tears, I seh

No woman no cry
No woman no cry
Little darling, don't shed no tears
No woman no cry

(Vincent Ford)
Em homenagem a Vincent Ford, autor da música que morreu no último domingo. Que Jah o tenha.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

La Plata

Quanto vale o show?
Quanto vale o amor?
Quanto vale, então, fazer das tripas coração?
Quanto vale o som?
Quanto vale a dor?
Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?

(Rogério Flausino)