No te va gustar

Como bom apaixonado por futebol e música que sou, trago este post com a banda uruguaia No Te Va Gustar. O nome da música é "Chau" e o clipe é bem bacaninha. Curte aí...

É claro que o clipe pinta aqui pela vitória do Uruguai sobre a Argentina na Copa América realizada na... Argentina !!! Mas o som dos caras é bom mesmo...

Até quando esperar, Haroldinho...

Acho que ainda dá tempo de homenagear o meu irmão Haroldo Santos, que fez aniversário nesta sexta-feira, 15 de julho. No início do Gauchão 2010, estávamos em Erechim e fomos tomar um chopp em um bar, onde estava tocando o DVD acústico do Detonautas.Quando tocou este som, o Haroldinho enlouqueceu... queria porque queria o DVD que estava rolando. Dois meses depois, tive o prazer de colocar o vocalista do Detonautas, Tico Santa Cruz, na cabine da Grêmio Rádio, vestido com a camisa do Grêmio, na final do Gauchão. Grêmio campeão e Detonautas tricolor.

Feliz aniversário, Haroldinho da internet... é nosso, é nosso, é nosso...

Clique aqui e confira

O rock cristão do Rosa de Saron

Conheci o Rosa de Saron lá na segunda metade dos anos 90, quando eu tinha um programa na Rádio Aliança. Era um som bem pesado, tocava inclusive no programa Sonzêra, do meu grande amigo Rafael Rech. Depois fiquei um bom tempo sem saber da banda, até que retornei para o universo da música católica e vi que eles estavam estourando.

Por influência da garotada, passei a escutar o som do Rosa de Saron novamente. Ganhei o DVD e fiquei impressionado com a qualidade técnica do espetáculo e com a performance da banda, principalmente do vocalista, Guilherme de Sá.

Mas ainda queria conferir ao vivo. É perto do palco que a gente saca realmente o verdadeiro poder de uma banda de rock. Tive a felicidade de ir ao primeiro show deles no RS semana passada. Por mais que o palco fosse muito (mas muito mesmo) menor que o do DVD, fiquei impressionado.

Os caras tocaram com o mesmo pique da gravação do DVD, mesmo com o "pequeno" público de duas mil pessoas que estavam no ginásio municipal de Guaíba. E ali, naquela noite, eu tive uma certeza: Guilherme de Sá é o melhor vocalista do rock nacional atual. 

E o legal é que, com todo o aparato e profissionalismo que a parceria com a Som Livre deu pro Rosa de Saron, eles seguem fazendo um som que visa, acima de tudo, levar a palavra de Deus a todos. Fiquei ainda mais fã do Rosa de Saron desde a semana passada.

Dia Mundial do Rock

É legal ver todo mundo falando sobre o Dia Mundial do Rock, comemorado hoje. Mas será que todo mundo sabe o porque ? Acho bem difícil.

De qualquer forma, vale dizer que foi neste dia, em 1985, que o lendário Bob Geldof (aquele cara maluco do não menos maluco filme Pink Floyd The Wall, de Alan Parker) realizou o Live Aid, com shows simultâneos no estádio Wembley, em Londres, e no estádio John Kennedy, na Filadélfia, sendo transmitido via satélite para mais de 100 países. A idéia do Live Aid era angariar fundos para tentar combater a fome na Etiópia. Queen, David Bowie, U2, The Who, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois países), Eric Clapton, Led Zeppelin.... baita time.

Todos estes caras são a alma do rock e é por isso que são venerados até hoje.

Sou fã de rock desde sempre. Meu primeiro disco de rock foi "Revolver", dos Beatles. Dos nacionais, o primeiro foi "O Papa é Pop", dos Engenheiros do Hawaii. Neste momento, alguém perguntaria: como pode dois discos tão distantes serem os primeiros deste cara ?

Pois é. Eu tinha 9 anos e pedi para meus pais me presentearem com um disco dos Beatles e este foi o escolhido. Detalhe: meus pais não eram roqueiros e não tinham nenhum disco dos Beatles.

É por isso que até hoje agradeço aos amigos que me mostraram o que era o rock n' roll e me fizeram ficar fanático por este estilo e muitas de suas vertentes.

Portanto, fica aqui o meu grande parabéns a todos aqueles que sabem tocar, pelo menos, três acordes numa guitarra, ou sabem marcar os bordões de um baixo, ou sabem pelo menos marcar bumbo-caixa na batera. E um grande abraço a você que não faz nada disso, mas valoriza quem sabe fazer...

A partir de agora, música

Até pensei em criar um blog novo, começar tudo do zero. Mas gosto deste aqui. Fiz com carinho, pensando em expressar aqui tudo o que existe de bom. É claro que o "bom" neste caso é subjetivo. O que é bom para mim, não necessariamente é bom para você.

O legal da música é isso. Você não precisa convencer ninguém que a música que você gosta é melhor do que as outras. Ela precisa ser boa pra você... e isso basta.

Então, a partir de agora, este aqui será o meu canto para falar de música. Dicas, críticas, crônicas, informações... tudo o que é relacionado à música.

Portanto, coloque seus fones de ouvido e boa viagem.

A felicidade

A felicidade pode ser um gol, uma vitória, uma taça
Uma taça de vinho, de champagne, de café
Café preto, café com leite, na padaria, na cafeteria, na cama
Cama quente, cama macia, até mais tarde, nunca vazia...

A felicidade pode ser um encontro marcado, mas também por acaso
Encontrar um amigo, íntimo ou não, que há muito não via ou aquele de fé
Ser interrompido no meio do caminho pra abraço apertado
Sorrir e se alegrar imensamente com um simples aperto de mão

Felicidade é ver o tempo passar e saber que algo de bom foi feito
Ensinar o que se aprendeu, aprender o que é preciso (e também o que não)
Deitar a cabeça cansada e acreditar que o dia não foi em vão
Acordar e realizar o que o sonho trouxe há pouco (seria perfeito)

A felicidade é saber que tudo isso é possível
E se não for, paciência, começar tudo novamente
Pois é assim o ciclo diário da vida... e da vida, tão somente
Acreditar em tudo isso e seguir a vida assim... inocência !!!

O tempo

Há um tempo na vida em que as preocupações cotidianas não chegam nem perto de tirar o sono. Nesse tempo, nada é melhor do que ficar horas batendo papo com amigos, sentar no muro em frente ao prédio, tocar músicas da Legião Urbana “por horas e horas e horas” no violão, comer um pacote de Doritos com uma garrafa de 600ml de Coca-Cola e essa ser a principal refeição do dia...

Nesse tempo, havia hora pra acordar, mas nunca era o momento de dormir, sempre dava pra dar mais um sorriso, ou uma gargalhada. Ou até mesmo um xingamento, derramar uma lágrima infantil, ingênua até. Também nesse tempo, ouvia-se vozes. Essas vozes diziam boa noite sem se preocupar com o limite de 140 caracteres. E a expressão “caracteres” também não era utilizada. As redes sociais não existiam. A internet não existia. Computador era artigo de luxo. Telefone celular era um sonho. Telefone fixo, uma obsessão.

Nesse tempo, os amigos andavam grudados todos os dias. Mas muitas vezes não diziam aquilo que precisava ser dito. E o tempo passava. E passava. E passava... e passou !!!

O tempo atual é o de correr atrás do sustento. Perder o sono com as contas não pagas. Esperar ansiosamente pelo próximo quinto dia útil a partir do sexto dia útil. E, se der tempo, sonhar. Nesse sonho, voltar no tempo e repetir algumas cagadas. Mas, o mais importante, fazer outras diferentes. E mudar o tempo...

Beato João Paulo e a fé

É interessante o fato de o Papa João Paulo II ter sido beatificado no último domingo sem receber a devida importância da mídia. É claro que, no mesmo final de semana, tivemos o anúncio da captura e execução do inimigo público número 1 do mundo, Osama Bin Laden, mas acho que o Santo Padre merecia uma atenção um pouco maior.

João Paulo II foi talvez o papa mais popular da história. Primeiro porque seu pontificado foi o terceiro maior, tendo durado vinte e seis anos. Segundo, porque ele foi o responsável por vários diálogos inter-religiosos como, por exemplo, a aproximação dos católicos com os judeus. O Papa João Paulo II realmente foi um papa pop.

Para o processo de beatificação, primeiro passo para a santificação, devem ser atribuídos milagres aos “candidatos”. A Congregação para as Causas dos Santos considerou milagrosa a cura do Mal de Parkinson da religiosa francesa Irmã Marie Simon Pierre Normand, atribuindo o feito ao Santo Padre.

Porque escrevi tudo isso antes. Muita gente questiona os principais dogmas da fé católica e, a maioria dos questionamentos estão vinculados aos milagres. Hoje em dia, dizem que os milagres não acontecem mais. Claro que, no mundo globalizado atual, e com a ciência ganhando cada vez mais credibilidade em detrimento da fé, fica mais difícil acreditar nos milagres. Mas eu acredito.

Eu acredito que a cura do meu filho, que ficou 13 dias internado na UTI pediátrica do Hospital Santo Antônio, foi obra milagrosa. Aí o mais desavisado leitor diria que eu não acreditei no estudo, trabalho e dedicação dos vários médicos e enfermeiros que estiveram ao lado dele durante todos aqueles dias. Pelo contrário. Eu acredito que Deus agiu milagrosamente pelas mãos daqueles médicos, que conseguiram salvar a vida do meu filho nos momentos mais complicados.

Eu andava um pouco afastado da minha fé. Acredito que Deus não providenciou a doença do meu filho para voltar à minha fé, mas Ele utilizou deste momento para me mostrar que eu poderia (e deveria) voltar a praticar aquilo que sempre tive como norte na minha vida, a minha fé católica.

“Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu Nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu Nome, eu o realizarei” (Jo 14,12-13).

Imortalidade é acreditar

Cada vez que o Grêmio vive uma situação de ter que reverter um resultado, surge a famosa Imortalidade Tricolor. No entanto, há muitas interpretações sobre essa imortalidade. A principal delas dá conta de que seria algo sobrenatural que ajudaria o Grêmio a vencer, independentemente da qualidade do adversário e do próprio time.


Para mim, imortalidade é outra coisa. Imortalidade é acreditar. Simplesmente acreditar até o fim. Acreditar que é possível até trilar o último som do apito do árbitro.

Acreditar que dá para vencer o Flamengo de Zico, Junior, Adílio e Nunes no terceiro jogo para ser bi-campeão brasileiro; acreditar que dá para derrotar o Botafogo do técnico Valdir Espinosa e permanecer na primeira divisão; acreditar que dá para derrotar o imbatível Ajax, com um homem a menos, mesmo que seja nos pênaltis; acreditar que dá para derrotar o desconhecido São Caetano no Olímpico lotado e chegar na final do Brasileirão; acreditar que o Santos de Diego e Robinho vai sucumbir ao Olímpico lotado e que o Grêmio vai reverter o placar negativo de 3 a 0; acreditar que dá para vencer os cinco últimos jogos do Brasileiro e seguir na primeira divisão; acreditar que é possível fazer quatro gols no Boca Juniors de Riquelme, Palacio e Palermo; acreditar que o Goiás vai vencer o São Paulo e ajudar na conquista do tri-campeonato brasileiro; acreditar que dá para reverter o placar de dois gols negativos sobre o Cruzeiro e chegar a mais uma final de Libertadores; acreditar...

Acreditar que Escurinho não cabeceia mais na área do xerife Oberdan e que André Catimba pode chutar de pé trocado no ângulo do fenômeno Manga; acreditar que Baltazar pode matar no peito e marcar um golaço no Valdir Peres com o Morumbi lotado; acreditar que Cesar vai sair do banco para botar a cabeça numa bola perdida para desempatar um jogo contra os uruguaios carboneros; acreditar que, mesmo com cãibras, Renato Portaluppi vai entortar o zagueiro alemão e acertar o canto do Hamburgo; acreditar que Alexandre Xoxó vai sofrer um pênalti no final para a cobrança infalível de Dinho no lendário Higuita; acreditar que Ailton vai sair do banco de reservas para fuzilar o “ídolo” Clemer faltando poucos minutos para acabar o jogo; acreditar que João Antônio é capaz de entrar na final e marcar um gol no melhor estilo Maracanã antes de Carlos Miguel dar um toque mágico depois de um cruzamento de Roger; acreditar que o super Corinthians do Luxemburgo não é capaz de segurar o 3-5-2 do Tite; acreditar que é possível pegar um pênalti e vencer um jogo com apenas sete jogadores em campo; acreditar que Pedro Junior pode sair do banco e, de nuca, matar o “ídolo” Clemer em pleno Beira-Rio;

Acreditar que dá para vencer o Universidad Católica por dois gols de diferença e garantir presença na próxima fase da Libertadores. Isso é Imortalidade. Acreditar até o último segundo de jogo. Acreditar...

Supermercado irrita

Nada é mais irritante que o supermercado. Não importa a hora, supermercado é irritante. Se eu for sozinho, vou diretamente aos produtos que foram previamente escolhidos e em menos de cinco minutos já estou na fila do caixa. Mas essa ida sozinho acontece em apenas 5% das vezes que vou ao supermercado. Normalmente a família vai completa. Como toda e qualquer mulher, a minha olha todos os tipos e preços de um mesmo produto. Como toda criança, as minhas ficam impacientes, principalmente nos corredores de balas e biscoitos. Com isso tudo, a irritação é questão de minutos. Poucos minutos. Portanto, quer me ver irritado, me leve ao supermercado.

Dia de lembrança e saudade

Hoje é um dia em que a saudade bate mais forte a eu fico um pouco reflexivo. Relembrar o aniversário de alguém que já não está mais entre nós é celebrar a saudade. Por isso estou aqui lembrando do meu primo Sandro Marcelo, o Souza, que não resistiu a um câncer e acabou partindo em 2005.

A gente sempre acaba lembrando dele em diversos momentos. Das suas crises de antipatia, onde amarrava a cara e não falava com ninguém, até as cervejadas onde se falava de tudo e se ria muito. Até mesmo das provocações que ele, um colorado fanático, fazia pra cima de mim. Ele era um cara especial. Mesmo depois de cometer várias burradas, daquelas grandiosas, não tinha como ficar brabo com ele.

Lembro que, ainda quando estava internado, ele fazia planos para o dia em que conseguiria deixar o hospital. A primeira coisa, segundo ele, seria ir ao Rio de Janeiro para conhecer o Maracanã. Prometi que iriamos juntos. Infelizmente ele não conseguiu realizar esse sonho.

Na primeira vez que fui ao Maracanã, para um jogo do Grêmio contra o Fluminense pelo Brasileiro de 2008, senti a presença dele comigo. Quando entrei nas cabines e olhei para aquele magnífico estádio, me arrepiei, olhei para o céu e disse pra ele: "estamos juntos aqui". Fui outras vezes ao Maracanã e sempre lembro dele.

Neste dia, onde ele estaria de aniversário, fica a lembrança do grande parceiro de futebol, de cerveja, de risadas e a certeza de que estará comigo todas as vezes que eu pisar no (já reformado) maior estádio do mundo.

O time da década

Nos últimos dias, li nas redes sociais, principalmente no twitter, uma discussão sobre o time da década. O tema surgiu após o ranking do IFFHS apontar o Inter como quinto melhor time do mundo. O Cruzeiro, segundo brasileiro da lista, aparece apenas em décimo quinto. A partir disso, começou o debate sobre o melhor time da última década.

Não vou entrar no mérito das preferências clubísticas de cada um que entra neste assunto e espero que a minha preferência também seja deixada de lado na avaliação deste texto. Mas os fatos são os seguintes: Não há como definir um time da primeira década dos anos 2000. Se pararmos para pensar, o Inter foi o melhor time do Brasil a partir de 2006. Mas, convenhamos, a década não começou aí.

Olhando para o início da década, poderemos dizer que ela começou com o Santos encantando o Brasil com o time de Diogo e Robinho. Seria um time para ganhar tudo e teve a chance na Libertadores, mas perdeu para o Boca na final de 2003. Depois disso, teve o São Paulo, que voltou a conquistar a América e o Mundo. Só depois, o Inter passou a dominar o cenário do futebol sul-americano, porque o São Paulo seguiu papando títulos no Brasil, até a dupla Fla-Flu acabar com a festa. Além disso, o Inter esteve próximo do rebaixamento em 2002, quando venceu "misteriosamente" o Paysandu na última rodada.

Acredito que a última década que teve "O TIME DA DÉCADA" foi o Flamengo dos anos 1980, que além de ganhar tudo o que foi possível, dava espetáculo a cada jogo. Foi neste período que o Mengão se tornou o principal clube do país, o que não era difícil pra um time com Zico, Junior, Andrade, Adilio, Nunes...

A mais parelha das décadas (nos últimos tempos) foi a de 90, sem sombra de dúvida. Ela começou com o São Paulo do Telê Santana passando por cima de todo mundo. Na sequência, veio o Palmeiras-Parmalat, baita time, praticamente uma seleção. Depois, o Grêmio do Felipão, que só não conseguiu conquistar o Mundial no Japão por ter perdido nos pênaltis pro Ajax. Teve ainda o Vasco de Juninho Pernambucano, Pedrinho, Donizete, Edmundo, que parou no grande Real Madrid.

Posso até não ter contribuído muito para uma discussão, ou talvez tenha criado algum tipo de polêmica, mas os primeiros dez anos dos 2000, definitivamente, não tiveram aquele time que pode ser chamado de "O TIME DA DÉCADA".