quarta-feira, 4 de maio de 2011

Imortalidade é acreditar

Cada vez que o Grêmio vive uma situação de ter que reverter um resultado, surge a famosa Imortalidade Tricolor. No entanto, há muitas interpretações sobre essa imortalidade. A principal delas dá conta de que seria algo sobrenatural que ajudaria o Grêmio a vencer, independentemente da qualidade do adversário e do próprio time.


Para mim, imortalidade é outra coisa. Imortalidade é acreditar. Simplesmente acreditar até o fim. Acreditar que é possível até trilar o último som do apito do árbitro.

Acreditar que dá para vencer o Flamengo de Zico, Junior, Adílio e Nunes no terceiro jogo para ser bi-campeão brasileiro; acreditar que dá para derrotar o Botafogo do técnico Valdir Espinosa e permanecer na primeira divisão; acreditar que dá para derrotar o imbatível Ajax, com um homem a menos, mesmo que seja nos pênaltis; acreditar que dá para derrotar o desconhecido São Caetano no Olímpico lotado e chegar na final do Brasileirão; acreditar que o Santos de Diego e Robinho vai sucumbir ao Olímpico lotado e que o Grêmio vai reverter o placar negativo de 3 a 0; acreditar que dá para vencer os cinco últimos jogos do Brasileiro e seguir na primeira divisão; acreditar que é possível fazer quatro gols no Boca Juniors de Riquelme, Palacio e Palermo; acreditar que o Goiás vai vencer o São Paulo e ajudar na conquista do tri-campeonato brasileiro; acreditar que dá para reverter o placar de dois gols negativos sobre o Cruzeiro e chegar a mais uma final de Libertadores; acreditar...

Acreditar que Escurinho não cabeceia mais na área do xerife Oberdan e que André Catimba pode chutar de pé trocado no ângulo do fenômeno Manga; acreditar que Baltazar pode matar no peito e marcar um golaço no Valdir Peres com o Morumbi lotado; acreditar que Cesar vai sair do banco para botar a cabeça numa bola perdida para desempatar um jogo contra os uruguaios carboneros; acreditar que, mesmo com cãibras, Renato Portaluppi vai entortar o zagueiro alemão e acertar o canto do Hamburgo; acreditar que Alexandre Xoxó vai sofrer um pênalti no final para a cobrança infalível de Dinho no lendário Higuita; acreditar que Ailton vai sair do banco de reservas para fuzilar o “ídolo” Clemer faltando poucos minutos para acabar o jogo; acreditar que João Antônio é capaz de entrar na final e marcar um gol no melhor estilo Maracanã antes de Carlos Miguel dar um toque mágico depois de um cruzamento de Roger; acreditar que o super Corinthians do Luxemburgo não é capaz de segurar o 3-5-2 do Tite; acreditar que é possível pegar um pênalti e vencer um jogo com apenas sete jogadores em campo; acreditar que Pedro Junior pode sair do banco e, de nuca, matar o “ídolo” Clemer em pleno Beira-Rio;

Acreditar que dá para vencer o Universidad Católica por dois gols de diferença e garantir presença na próxima fase da Libertadores. Isso é Imortalidade. Acreditar até o último segundo de jogo. Acreditar...

Um comentário:

Ronei Dorneles disse...

Eu acreditei, eu acredito eu vou sempre acreditar. IMORTAL ATÉ A MORTE.