sexta-feira, 6 de maio de 2011

Beato João Paulo e a fé

É interessante o fato de o Papa João Paulo II ter sido beatificado no último domingo sem receber a devida importância da mídia. É claro que, no mesmo final de semana, tivemos o anúncio da captura e execução do inimigo público número 1 do mundo, Osama Bin Laden, mas acho que o Santo Padre merecia uma atenção um pouco maior.

João Paulo II foi talvez o papa mais popular da história. Primeiro porque seu pontificado foi o terceiro maior, tendo durado vinte e seis anos. Segundo, porque ele foi o responsável por vários diálogos inter-religiosos como, por exemplo, a aproximação dos católicos com os judeus. O Papa João Paulo II realmente foi um papa pop.

Para o processo de beatificação, primeiro passo para a santificação, devem ser atribuídos milagres aos “candidatos”. A Congregação para as Causas dos Santos considerou milagrosa a cura do Mal de Parkinson da religiosa francesa Irmã Marie Simon Pierre Normand, atribuindo o feito ao Santo Padre.

Porque escrevi tudo isso antes. Muita gente questiona os principais dogmas da fé católica e, a maioria dos questionamentos estão vinculados aos milagres. Hoje em dia, dizem que os milagres não acontecem mais. Claro que, no mundo globalizado atual, e com a ciência ganhando cada vez mais credibilidade em detrimento da fé, fica mais difícil acreditar nos milagres. Mas eu acredito.

Eu acredito que a cura do meu filho, que ficou 13 dias internado na UTI pediátrica do Hospital Santo Antônio, foi obra milagrosa. Aí o mais desavisado leitor diria que eu não acreditei no estudo, trabalho e dedicação dos vários médicos e enfermeiros que estiveram ao lado dele durante todos aqueles dias. Pelo contrário. Eu acredito que Deus agiu milagrosamente pelas mãos daqueles médicos, que conseguiram salvar a vida do meu filho nos momentos mais complicados.

Eu andava um pouco afastado da minha fé. Acredito que Deus não providenciou a doença do meu filho para voltar à minha fé, mas Ele utilizou deste momento para me mostrar que eu poderia (e deveria) voltar a praticar aquilo que sempre tive como norte na minha vida, a minha fé católica.

“Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu Nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu Nome, eu o realizarei” (Jo 14,12-13).

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