É difícil aceitar que vinte anos se passaram. É muito tempo e vai muito rápido. Lembro do meu primeiro contato com a MTV. Isso aconteceu em 1993, portanto, três anos após a estreia na tv. A dificuldade de conseguir conectar o canal era muito grande. Era preciso arrumar uns cabos, conectar no video-cassete, passar para UHF, isso tudo era coisa de primeiro mundo. Precisei da ajuda de um amigo, escondido dos meus pais, pra conseguir tal feito. E o primeiro clipe foi do Simply Red, "Stars". Musiquinha fraquinha, tipo de novela das oito, mas era o primeiro clipe. Mas depois veio muito mais. A MTV era a internet da época. Todos os melhores albuns de rock gringo dos anos 90 eram rapidamente seguidos de video-clipes sensacionais colocados na programação da Music Television. Muitas horas eu passei na frente da tv, vendo clipes de Guns n' Roses, Metallica, Aerosmith, Poison, Skid Row, Iron Maiden, Kiss, Nirvana... e lá se vai uma infinidade de grandes bandas.
Depois vieram os acústicos. O melhor deles, clássico, do Eric Clapton. A onda grunge também se rendeu aos unpluggeds e saíram obras primas de Pearl Jam, Alice in Chains, Stone Temple Pilots e Nirvana. Aí a MTV Brasil viu nisso uma grande inspiração e largou logo com Barão Vermelho e Legião Urbana. Depois vieram inúmeros outros.
Hoje a MTV não é mais a mesma. Deixou de ser a Music Television para ser uma tv de comportamento. Por isso, bate uma saudade da turma de Astrid, Edgar, Thunderbird, Gastão Moreira, Zeca Camargo, Cuca, Fábio Massari... Ah, bons tempos.
Hoje é mais fácil seguir um antigo conselho da própria MTV: Desligue a tv e vá ler um livro.
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