quinta-feira, 29 de março de 2012

O poder do não na espera do sim

Não quero ser definitivo na afirmação que vou escrever agora, mas vale a reflexão. A palavra mais dita pelos seres humanos me parece ser “não”. Registre-se que comecei o texto com a palavra. O “não” pode vir acompanhado de uma longa frase explicativa/justificativa, ou tão somente única, seca, muitas vezes sem sentimento. Mas o “não” está sempre presente nas nossas vidas.
O maior de todos, Jesus Cristo, ouviu “não” muitas vezes. Na pior delas, quando Pilatos teve a oportunidade de evitar a morte na cruz e perguntou ao povo, os judeus bradaram em uníssono: “Não, crucifica-o. Solta Barrabás”. E lá foi o Cristo para todo o sofrimento que nós conhecemos bem.
Quando a criança nasce, já aprende com o “não”. Vai crescendo e o “não” o acompanha.
- Mãe, posso fazer isso ? – Não.
- Pai, posso fazer aquilo ? – Não.
Já quando chega a adolescência, o “não” vem cheio de sentimento, seja de quem fala ou quem escuta. É dos professores, dos amigos, dos inimigos, da paquera... vem muito “não”. E o mais importante é que se cresce com o “não”, em todos os sentidos. Para o bem ou para o mal.
Quando chega-se à fase adulta, imagina-se ser mais fácil aceitar o “não”. O mercado de trabalho muitas vezes é cruel. O “não” tem que ser muito bem digerido. Ao receber o “não”, o aspirante a um espaço neste mercado precisa buscar a força em todos os “sim” que já escutou.
Agora eu estou buscando uma nova leitura para o “não”. Uma leitura bem positiva, pra cima, alto astral. Quero acreditar que o “não” é uma preparação para o “sim” (e não estou falando no “sim” do altar, este eu já ouvi e vibrei muito). Mas estou esperando o meu “sim” e quero valorizá-lo como ele merece. Nem que isso seja depois de colocar muitas “máscaras para ser a vitrine que o mundo quer ver” e mostrar “risos para esconder a dor e o jeito de me proteger”.

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